terça-feira, 29 de setembro de 2009

Change or die (dedicated to Gabriela R. Ferreira)

As mudanças acontecem a todo momento, em qualquer parte e às vezes sem motivo. Se até as cobras trocam de pele, por que nós, seres humanos, estaríamos isentos a trocar, mudar, substituir?
Isso aconteceu com uma intensidade incrível comigo esse ano. Mudar de colégio, de casa, de situação financeira, abandonar minha vida de bairro pra ir estudar em um colégio completamente diferente, com princípios diferentes, pessoas diferentes e o pior, deixando meus amigos de lado pra alcançar o único objetivo que eu já tracei e pretendo seguir até o fim: CRESCER. Expandir a mente, conhecer pessoas que vêm de todo o país com a intenção de estudar e se dar bem, de passar na temida Universidade Federal. Alguns querem passar pra ganhar um carro, outros pra calar a boca de quem não acreditou, mas a maioria pela atração pela profissão, pelo dinheiro. Goiano, Argentino, Punk, Homossexual, todos traçando suas metas, algns levando mais a sério, outros nem fudendo. E são com eles que eu aprendo. Aprendo a dar valor a tudo que eu tenho, meus pais, meu irmão, minha casa, aprendo que os problemas que antes pareciam gigantes, são anões. Anões têm tamanhos diferentes dependendo do ângulo que se vê. E eu mudei de ângulo.
A desvantagem é que é bem mais fácil me tirar do sério, eu ganho experiencia e perco paciência. Meus princípios se solidificaram e eu não abandono eles frente a nenhuma decisão que eu tenha que tomar. Talvez eu inclusive julgue demais, julgue todos demais, mesmo sem ter esse direito. Aliás, julgar é uma coisa que o mundo inteiro faz, julga e julga duas vezes, julgando que o outro está julgando. Complicado, né? Eu me perco nas coisas, no meio delas.

É isso. Senti que devia alguma explicação a alguém. Espero que esteja claro agora. E se não tiver... bom, não tá, né.

"I still pick my friends over you".

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Reckless Thoughts

O que aconteceu hoje foi no mínimo bizarro. O calor que as pessoas dentro do ônibus sentiam era incomum. E eu, óbviamente, era uma dos 1.400 belorizontinos que estavam dentro de um único ônibus, sentindo calor, em pé, pensando em coisas que não iam ajudar nada a tornar os minutos da escola até minha casa suportáveis. Talvez o stress ou mesmo minhas condições físicas tenham me feito apagar por alguns segundos e o motivo eu desconheço. Mas eu sei para qual motivo. Foram poucos segundos sem me lembrar de nada, mas foram os melhores instantes que eu tive nos últimos tempos. Era necessário eu me desligar e nem minhas pernas, nem mesmo minha cabeça e tudo que tem dentro dela conseguiram me mantêr ligada ao mundo que cada dia eu considero mais e mais difícil de ser salvo.

É uma fase que me distancia dos meus amigos, da minha famíla, escola e tudo que uma pessoa de 16 anos prioriza. Querer distância das pessoas, se achar superior e querer fugir dos seus problemas, não resolvê-los. Enquanto essa minha fase Noel Gallagher não passa (nota da autora: nunca curti Oasis, me dá sono tanta prepotência e desunião em uma banda só) eu vou criando uma fé e chegando à conclusão de que foi tudo pra que desse mais valor a quem me cerca.

"Sayin' whatever comes to my mind, not giving a shit about what people think, genius, witty, sarcastic, loved and hated (...)"

É isso. Eu costumava ser bem normal e ter uma rotina bem definida e enquadrada no meu "punkrockismo". Mas agora mudou. E eu só quero que volte. Amanhã vai ter voltado.

Beijos, boa noite, boa terça feira.